Pensava o que era mais macio e cedia mais,
se teu corpo contra as grades do prédio
ou meu corpo contra o teu.
Chovia. Muito. O vento ainda nos espirrava água na diagonal e
redemoinhava sujidades antes deitadas no meio-fio.
O céu em queda livre e abrupta sobre nossas cabeças.
Era estreita a marquise.
E nos amassávamos os corpos, fundindo-os quase em um
na fuga à chuva cada vez mais fria daquele fim de tarde já noitinha.
Teus lábios tão molhados quanto os meus sem nada a ver com a chuva,
com o vento, com qualquer circunstância a não ser com nosso beijo.
Longo beijo.
Profundo, comprido como a espera pelo ônibus.
Quando veio, mais uma vez estava muito cheio.
Lotado.
Sem alternativa, paramos o beijo e o ônibus e nos enfiamos entre uma
centena de almas e mochilas nos corredores suarentos de
odores vários, até de gozos.
Fomos, finalmente.
Lotado.
Sem alternativa, paramos o beijo e o ônibus e nos enfiamos entre uma
centena de almas e mochilas nos corredores suarentos de
odores vários, até de gozos.
Fomos, finalmente.
Muita água, muita gente, muitos apelos.
Do que qualquer um outro era mais macio, cheiroso e gostoso o teu corpo.
Adroaldo Bauer Corrêa
http://coisaegente.blogspot.com/
QUE BOM E QUE LINDO MARILITA RED! SEMPRE RED, RS
ResponderExcluirPOESIA EXTREMA BELEZA DE AROALDO BAUER,
'O POETA'!!
BJUS
.
Como está lindo por aqui... amei tudo! :)
ResponderExcluirE sempre um belo poema, para variar... rs
Beijos, querida!
Nossa, lindo mesmo. Pude sentir a cena toda. Muito bom.
ResponderExcluirE você continua maravilhosa hein, Lady????
ResponderExcluirPoema lindo do Adroaldo...
Fico feliz te vendo por estas bandas...
Cresceu muito teu blog....tá lindo!!!!
Te amo
beijos
Ainda estou, mas não estou... sabecumé né?
Má