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sábado, 27 de agosto de 2011

SOPROS DE OUTONO







SOPROS DE OUTONO

Amanheço outono, folhas multicoloridas caídas

Forram o catre da poesia, esquentando teu solo fértil

Quero-te assim caramelada, eternamente apaixonada

Entre o falso profano e o sagrado amargurado

O ponto exato à tua sensual escrita

O mel da tua boca sob o fel dos incompetentes

Ah! Perdida, no orgasmo das tuas palavras

Jorrando prosas, versejando a vida

Quero-te, vagabundeando em minha mente.

Esparramada, grudada em minha alma

Lambendo meus pensamentos

Completamente desvairada, assim que eu te quero!

Mais nada…


Vejo-te como uma vestal desvirginada

Iluminada! Parindo ternura, lactando a liberdade

Musa adocicada dos menestréis, dos poetas excluídos

Deixa-me quieto, senhora dos meus desatinos

Talvez, num rasgo de falsa coragem eu pegue um papel.

No cabeçalho o teu nome, algumas frases vulgares

Quem sabe! Eu balbucie, mas sem escrever… Amor


Sobejando vergonha, assinarei embaixo:
Saudade…







Yon Rique




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